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Maria, uma galinácea?


Entrei em casa. Em cima da mesa mais de 10 ovinhos coloridos e baratinhos que nós, educadores do projeto onde leciono música, distribuímos, carinhosamente, aos alunos. Abro a geladeira. Um grande ovão coloridão e de marca boa! Esse eu quem ganhei. Que cultura é essa? Que mesmo sem querer me interrompe, me envolve e me faz aceitar que páscoa é CHOCOLATE! Grande jogada!

Havia certo homem encarregado de fazer subir e descer a ponte que cortava um porto. Por ela atravessavam trens, com vagões extensos, carregados de cargas e passageiros. Subindo a engrenagem da ponte os navios cruzavam, descendo-a, cruzavam por ela os trens. Tal homem tinha um filho mui querido por todos. Esse bom garoto ajudava no serviço do pai. Distraidamente, em certa ocasião, o garoto escorregou e foi parar lá embaixo, na casa das máquinas. Engrenagens mil, perigo emergente! Passa o navio. Avista-se ao longe, o trem. O menino sofrendo, caído no poço. O pai sem saber a quem resgatar. O filho exclama que não pense no que é melhor pra ele, e que o pai faça o que tem que ser feito. O céu se escurece e o pai não salva seu filho. Salvam-se milhares de passageiros, chamados Joões, Marias, Letícias... Eu e vc.

Páscoa, é a morte que nos trouxe a vida!
"Tente imaginar O Quadro:
Três madeiros, dois ladrões, um de cada lado
Eu no meio, espírito,alma e corpo pregados..."

É Cristo morto para que COM ELE nós ressuscitássemos do dolo, da escuridão, do pecado que nos rodeia, de nós mesmos...

Não, Maria pariu ovo algum.

Vida a todos!

O SER palhaço

Ser palhaço é ser eu sob o foco da lente de aumento da sensibilidade que, amplia, valoriza e super estima as miúdas letras para as quais olha, não alterando os significados mas dando alta voz e beleza aos significantes. É ser este significante maior que traz sentidos próprios a jogos e brincadeiras que dançam dentro de mim desde bem pequena e, no entanto, adormeceram com medo do tamanho que com a vida ganhei...
Ser palhaço é ser e não ser infante e ousar assim ser, ou não ser. É brincar com essa forma, desfrutar dos privilégios de ser criança, não sendo, ou sendo, quem sabe? É rir sem medo e não ter medo de não fazer rir. É partilhar com o outro palhaço, criança ou velho as regras desse jogo e mudá-las quando bem a todos aprouver. É dar-se o direito de escutar. É permitir-se olhar nos olhos e, assim, revelar toda sua verdade. É ser plenamente verdadeiro. Não há fingimentos neste ato de SER, nada se esconde, a pele está a mostra, o palhaço todo a si mesmo explora e expõe.


Ser palhaço é ter o poder. Mas é também ter medo desse mesmo poder. É chegar perto aguçado e, logo, assustado temer. É respeitar os limites que não tem. O nariz vermelho pode tudo...



"Afinidade acontece. Um mesmo signo, um mesmo par de sapatos caramelo, um mesmo livro de cabeceira. Afinidade acontece entre seres humanos. A mesma frase dita ao mesmo tempo, o diálogo mudo dos olhares e a certeza das semelhanças entre o que se canta e o que se escreve. Afinação acontece. Um mesmo acorde, um mesmo som, uma mesma harmonia. Afinação acontece entre instrumentos musicais. A mesma nota repetidas vezes, a busca pela perfeição sonora e a certeza das similaridades entre um tom acima e um tom abaixo. A incrível mágica acontece quando os instrumentos musicais descobrem afinidades humanas entre si no mesmo instante em que os seres humanos descobrem afinações musicais dentro deles mesmos."

MENSAGEM PRA VOCÊ

Há quanto não escrevo! Logo, há quanto não me vejo...
Iniciar parágrafos é ver-se refletido em superfícies brilhantes e claras. Quantas escuras e foscas, concluo!
Superfície escura é não ter tempo pra se ver, se perceber, corrigir, transformar. É viver na bateria cotidiana de nossos carnavais sem lutar (contra ela). Ouçamos jazz!
Na calmaria escrevo, ou, na perspectiva de calmaria escrevo, na esperança traço e digo.
TRansforme-se, espere, anseie o novo, as Boas Novas, a bossa nova...


DOUTORES DO BEM

Atendimento personalizado, humano. Música, teatro, arte circense. Tudo isso porque rir, simplesmente, não é o melhor remédio. Trabalho voluntário, amizade à primeira vista, pois o amor, para nós, é o melhor tratamento.




Nosso desejo é diagnosticar tudo aquilo de bom e saudável que há em cada enfermo, até mesmo nos enfermos de coração...




Chegamos para te escutar, ficamos lado a lado para te apoiar, e saímos para deixar toda a alegria possível.




Partimos, deixando um recado: Voltaremos, mas esperamos que você não esteja mais aqui!




Sempre em treinamento de emoções, do riso ao choro. Queremos que todos saibam: Não importa quem você é, ou como você está... Nós já te amamos!




Somos amigos cristãos, e assim começa um novo plantão médico, qualquer lugar é um consultório, e o amor será sempre paciente.




Visão: Causar uma epidemia de amor, amizade e alegria, através de meios artísticos em geral



ACAMPARTE Maringá 2009

O Acamparte acontece anualmente em Maringá, e em 2009 foi realizado nos dias do feriado prolongado de 02 de novembro. O propósito é equipar artistas cristãos com novas técnicas, trocar experiências, promover a reflexão e sensibilizar, ainda mais, o olhar artístico.




PALHAÇO PAULINHO



SUZANA ALVES, oficina de Expressão Corporal



ÁLVARO E TAÍSSA



SASSÁ, O bailarino!




MANIPULAÇÃO DE BONECOS, COM PATRICIA E CIA, DE LONDRINA



WEGLISON CAVALARO,PRELETOR DA OFICINA DE MAQUIAGEM CÊNICA



OFICINA DE MAQUIAGEM CÊNICA



Projeto MOVA-SE

Um dia de arte ao ar livre...
A ideia foi MOVER as pessoas em direção a outras pessoas, por meio de atitudes de amor. Nesse mesmo dia fizemos isso visitando os idosos no asilo, as crianças no projeto esportivo Camisa 10 e levando a arte para perto delas, ali mesmo, na rua.

Cristo em tudo e em todos, foi show!



A TRUPE, Assis - SP




CIA. TEATRAL EXPRESSÃO DE AMOR, Maringá-PR




SALSICHA (Mateus Spricido)





A BONECA EMÍLIA (Letícia Goes)



A MOÇA ACAMPA

Lá vem ela. De malas nas costas, barracas e colchões. É ela vestida de graça e sem graça de ser. Sabe que traz vida, que traz a vida nos bolsos, e os bolsos não cabem em si. Suas formas são as mais belas formas de abstrair a realidade concreta e lançar aos olhos nus, maiêuticas mil, epifanias por causa dela, que bela! A renovação da mente é coisa impressionante, aquele que sequer pensava, agora, reflete, o fraco se faz forte porque se vê no espelho, no espelho de Deus... É Ele em tudo nela ainda que nela não se pinte. Raros sons, faces, corpos, partituras, marcações. O conteúdo de todos é um, é céu. É graciosa feito rosa amarela. Descansa seus pesos levemente em sua cama-nós feitores. É a Arte.



Ensaio sobre Literatura e sexualidade - por Letícia Goes

As criações ficcionais e poéticas exercem influências no subconsciente e inconsciente, sendo impossível avaliar as consequências do encontro entre obra literária e personalidade do leitor. Mas é fato que se pode afirmar a atuação daquela sobre esta, de modo que define ou redefine os traços psicológicos de seu público. E justamente por esta atuação indiscriminada é que desde tempos remotos até os nossos dias há o conflito entre o ensino da literatura (repleta de conotações sexuais) versus os moralismos (reflexos da cultura cristã). Consideremos, no entanto, que seja plausível de comprovação a impossibilidade de ser tido por paradoxal o ensino da literatura nas escolas inseridas na sociedade cristã, por ser esta repressora do sexo. Pode-se afirmar, contudo, que seja paradoxal o ensino da literatura nas escolas inseridas na sociedade falso-moralista que teve sua consciência manipulada quanto ao caráter do sexo. Manipulada, uma vez que os escritos que regem os dogmas do cristianismo e a conduta daqueles participantes de religiões de inclinação cristã, não proíbem ou reprimem a prática sexual, ao contrário, motivam as práticas naturais do sexo não só para a perpetuação da espécie humana, mas também para o desfrute do prazer.

“Seja bendito o teu manancial; e regozija-te na mulher da tua mocidade. Como corça amorosa, e graciosa cabra montesa, saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê encantado perpetuamente.” (PROVÉRBIOS 5: 18-19)

O grande conflito na sociedade cristã, (reflexo dos ensinamentos da Igreja), é a suposta controvérsia entre santidade divina e a carnalidade humana. O mito em torno destes contrastes é tão reluzente que formou a consciência de gerações quanto à pecaminosidade do sexo. Para compreendermos um pouco melhor o assunto e discernirmos sua influência na educação literária de nossos alunos, é preciso abordar, ainda que superficialmente, suas raízes: A cultura hebraica que norteia a tradição cristã.
Um forte elemento dessa cultura é a tradição patriarcal. Era chamado patriarca o chefe do povo (antes da instituição dos juízes) e também o chefe da casa, o pai. Ele é quem determinava, organizava, sustentava a casa e oferecia os filhos em matrimônio. O vocábulo hebraico que frequentemente é traduzido por ‘família’ é ‘mishpãhâ’, cujo conceito é mais amplo e tem o sentido de ‘clã’, um grupo maior e não só os ‘da casa’. Um termo mais próximo do equivalente ao termo português ‘família’ se encontra na frase ‘bêth abh’, ‘casa do pai’. O clã não representava apenas o ajuntamento parental, mas favorecia a construção de relações sociais, estabelecendo alianças econômicas, religiosas e matrimoniais entre os hebreus. Era comum firmar pactos tanto com Deus ‘Yaweh’, quanto com seus iguais. A grande referência patriarcal tanto do mundo muçulmano, hoje, quanto do mundo judaico, é a figura de Abraão (‘abhrãhãm’), explicado como ‘pai de multidões’. De Abraão suscitaram Ismael (ancestral dos ismaelitas) e Isaque, chamado Israel (ancestral dos israelitas), dois povos inimigos até os dias atuais. Neto de Abraão, filho de Isaque, Jacó, ao lado da esposa Raquel, compõem uma das mais contundentes histórias hebraicas de amor físico e espiritual. Ambos pertenciam ao mesmo mishpãhâ. Jacó se dispôs a pagar sete anos de trabalho a seu sogro, Labão, como forma de acordo pré-nupcial. Os valores pagos, ou serviços prestados pelo noivo à família da noiva não caracterizavam uma troca de “mercadorias”,mas, representava a compensação por retirar do convívio da bêth abh um ente precioso para a família. Para estabelecer uma relação marital era preciso, por parte do noivo, reconhecer e valorizar a noiva perante sua casa. Jacó fora enganado por Labão, que em lugar de Raquel, lhe entregou sua filha mais velha, Lia (a poligamia era comum). Por amor a Raquel se sujeitou a trabalhar outros sete anos. O esforço para estar com a mulher amada se dava pelo fato de que a pureza da noiva era preservada, e o noivo só a conheceria após a cerimônia de casamento. O clã protegia a integridade da noiva. Jacó se casou com Raquel e então coabitou com ela, e a amou mesmo sendo ela estéril.
A tradição do sexo pós-matrimônio foi herdada pelo cristianismo, e com ela vieram os mitos de que o sexo para o cristão não é para o prazer mútuo, mas, exclusivamente, para a perpetuação da espécie. Confundiu-se valorização do ato sexual, a não banalização, com recriminação daquilo que pode vir a ser imoral. Gerou-se o tabu ao redor da sexualidade, e os equivocados ensinamentos da Igreja “demonizaram” a busca pelo prazer. No entanto, a questão é tão flácida que logo a expurgamos, e com argumentos presentes na própria literatura hebraica. O livro poético ‘Cânticos dos Cânticos’, ‘shïr hashshïrïm’, presente no cânone bíblico, de autoria do rei Salomão, é composto por explícitas descrições eróticas do encontro entre Salomão e a sulamita.

“Quão formosos são os teus pés nos sapatos, ó filha do príncipe! Os contornos de tuas coxas são como jóias, trabalhadas por mãos de artista. O teu umbigo como uma taça redonda, a que não falta bebida; o teu ventre como montão de trigo, cercado de lírios. Os teus dois seios como dois filhos gêmeos de gazela. O teu pescoço como a torre de marfim; os teus olhos como as piscinas de Hesbom, junto à porta de Bate-Rabim; o teu nariz como torre do Líbano, que olha para Damasco. A tua cabeça sobre ti é como o monte Carmelo, e os cabelos da tua cabeça como a púrpura; o rei está preso nas galerias. Quão formosa, e quão aprazível és, ó amor em delícias! A tua estatura é semelhante à palmeira; e os teus seios são semelhantes aos cachos de uvas. Dizia eu: Subirei à palmeira, pegarei em seus ramos; e então os teus seios serão como os cachos na vide, e o cheiro da tua respiração como o das maçãs.” (CANTICOS 7:1-8)

“Se o livro de Cantares de Salomão não é uma alegoria ou um tipo que transmite uma mensagem espiritual, que lugar tem o mesmo no cânon? Serve de lição objetiva, um prolongado mãshãl, ilustrando as ricas maravilhas do amor humano. Como o ensino bíblico referente ao amor físico tem sido emancipado do ascetismo subcristão, a beleza e a pureza do amor marital podem ser mais plenamente apreciadas. O livro, embora vasado em linguagem por demais ousada para o gosto ocidental, provê um equilíbrio são entre os extremos do excesso ou perversão sexual e as negações ascéticas, apresentando a justeza essencial do amor físico. E. J. Young leva esse propósito um passo mais adiante: ‘Não somente fala sobre a pureza do amor humano, mas sua própria inclusão no cânon relembra-nos um amor que é mais puro do que o nosso’ (Introduction to the Old Testament, 1949, pág. 327)”. (DOUGLAS, v. I, pág. 263)



Tomando por base tal ponto de vista, é razoável concluir que mediante a impossibilidade de correção da consciência preconceituosa de nossa cultura, está ao nosso alcance propor que a formação leitora dos alunos da Educação Básica não sofra a subtração de abordagem de obras com teor sexual, apenas observando o nível da maturidade cognitiva e se esta é suficiente para que o aluno assimile e sofra a ação indiscriminada de dado conteúdo, e que o professor esteja atento às fases de desenvolvimento, de modo a não “queimar” as etapas da educação apresentando obras de caráter inoportuno àquele estágio.

ECLÉSIA




Está quente aí dentro? Confortável, imagino. Chove lá fora, você viu? Molha a falta de arte, a falta de comida, a abundância de escassez de cultura, inunda a inconsciência de que O criador alimenta e cria o incriável. E você, aconchegado?

Deveríamos, todos, ser "a voz do que clama no deserto". Há quem grite e há quem finja não ouvir. Aquele que sabe o bem que deve fazer e não faz "erra o alvo". A seca corta o chão, feito quebra-cabeça, e cabeças se quebram em projetar que água beberão. Você tem a Água da vida e não lhes dá de beber. Lhes faltam beber um sorriso, um abraço, um prato,uma roupa, lhes faltam beber O Amor!

Lhes faltam transpor a realidade, propondo sua abstração, sua mais nova interpretação. Que toda manifestação de fome seja abstraída, de modo a trazer luz aos olhos que, fisicamente, não são cegos, embora se façam de ou estejam sendo feitos de (abaixo forma qualquer de manipulação!). Seja posta uma lente de aumento sobre a alma humana, que nunca se faz plana e precisa de um plano para ser. Proponho o da Salvação, que goeverno algum planejaria, que não inflaciona, tampouco estabelece juros e onde cada promessa é a mais concreta realização.

Sugiro formas e conteúdos, não para forrar estômagos, mas para elucidar que estes estão vazios. Arte para dizer que o amor que está em Cristo Jesus, não fica à espera de que se manifeste o sentimento, mas a ação. Ação, esta, que "tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta". Amar é movimentar. MOVA-SE!


A COMPLICADA ARTE DE VER (fragmento)



William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os Ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um Ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo. Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.

(Folha on line, Sinapse, 26/10/04)


O PERFEITO

"No amor não existe medo; antes O PERFEITO amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor"
(I João 4:18)


Um passo por vez

Mudar é não temer. Ir do rosa ao preto, seguramente. É descansar na escolha feita. Escolher por algo dentro da coerência circunstancial da vida, ajuda a estabelecer alicerces para a nova fase. Melhor é não ir de polo a polo. De Salvador, desça até o Rio, depois para o Rio Grande do Sul, sempre pelo litoral. A gradação ajuda a não esquecermos quem somos, nem de onde somos. Rosa e preto combinam. Preto combina com tudo. A escada é construída pela base, o mais alto degrau não pode flutuar.

CITAÇÃO 1

"Se o domingo é do Senhor, não quero nem pensar de quem seja a segunda feira..."
(João Alexandre)


"...porque dEle, e por meio dEle, e para Ele são todas as coisas. A Ele, pois, a glória eternamente. Amem"
(Rm 11:36)





PEÇA DE MANOBRA

Hoje é sexta feira...Então as esperanças se renovam, as expectativas fluem como água de torneira, correnteza, maré alta. O coração pulsa cronometrando o dia, matutando as horas seguintes, vislumbrando a última, e mais desejada, atividade do dia. O compromisso é com seu próprio prazer, o espelho interno é polido e encherga-se a si mesmo, límpido, cheio de quereres, de desejos que findam em 48 horas, supridos ou não. É quando os telefones tocam, compromissos são agendados, outros confirmados, bolsos, a postos,a espera de esvaziarem-se para bom proveito ou perdição...de tempo. Perdição de tempo é quando o cronos se entrega, romantica e inocentemente, nos braços de irresponsáveis. O cronos pode ser, veramente, doce. Há de se achar a maneira de amá-lo. Há de se achar a maneira de amarmos a nós mesmos no cronos. Se fosse possível olhar face a face o Tempo eu lhe diria que o quero por perto, afim de saber o que ele quer de mim, por que me fez assim, como será o fim...Nos olhos dele eu me encontraria, nos seus braços me lançaria, romantica e inocentemente, e ele não seria irresponsável. Há de firmar-se uma aliança com o tempo: Uma parte encontra sua doçura, a outra não maltrata a gente.
Hoje é sexta-feira, segunda será sexta, terça sexta, quarta sexta, quinta...A semana inteira de boas expectativas, de vida pulsando no coração. (Sobre)vivemos bem como o dinheiro é manipulado. Tem dia e hora pra fazer alguém feliz. Dia 10 paga isso, dia 20, aquilo, cotações bancárias,atribuição de valores,perca de utilidade, peça de manobra. A gente é gente! A vida é temporal, um segundo, e a fatalidade nos estupefa."...É preciso saber viver..."! A vida tem pressa, não espera o quinto dia útil.


O NOVO...

...geralmente assusta. Me assusta. É como o motorista inexperiente na estrada de terra pós-chuva. Barro escorregadio. Argila na mão do oleiro: O que sairá dalí? O que sairá de nossas argilas interiores...Tenho a expressar meus barros. E vou.